Novas fontes de energias limpas estão em estudo em Fernando de Noronha

Estou compartilhando matéria da Folha de S.Paulo de 19/08/2012
A matéria é referente a novas fontes de energia limpa que a ilha pretende implementar nos próximos anos.

Energia de Noronha virá da força das águas

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FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

A energia de Fernando de Noronha, paraíso ecológico e turístico de Pernambuco, virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e visitantes.

É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês, por fontes limpas e renováveis, até 2014.

Do ar de Noronha, será aproveitado o vento, que movimentará 13 pequenas usinas eólicas. A luz do sol será captada por duas placas fotovoltaicas, e os resíduos sólidos das seis toneladas de lixo produzidas por dia na ilha serão incinerados, de forma controlada, para produzir gás e energia elétrica.

Adriano Vizoni-18.fev.12/Folhapress
Por causa de suas ondas, Fernando de Noronha é o paraíso dos surfistas
Por causa de suas ondas, Fernando de Noronha, em Pernambuco, é o paraíso dos surfistas

A maior novidade virá do mar. Uma usina desenvolvida na Finlândia vai gerar energia a partir do movimento das águas. Duas placas confeccionadas em fibra de carbono ou vidro, com 200 m² cada uma, serão instaladas a 20 m de profundidade.

Impulsionadas pelo vaivém das correntes em direção à costa, elas produzirão, de forma contínua, 1 mW de energia, o equivalente a 43% do consumo atual de Noronha, estimado em 2,3 mW.

Juntas, as outras fontes produzirão mais 1,2 mW. Para reduzir o consumo na ilha e adequá-lo à produção, pequenas unidades solares e eólicas já estão sendo instaladas nas pousadas locais.

Os projetos, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, consumirão R$ 44 milhões, sendo R$ 25 milhões apenas com a usina marítima. Parte dos recursos virá da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e outra parte, do governo do Estado.

A primeira usina limpa a funcionar será a de gás neste ano. Em 2013, deverão entrar em operação as unidades eólicas e solares. E, no ano seguinte, a usina marítima.

Para o coordenador da campanha de energia renovável do Greenpeace, Ricardo Baitelo, o projeto, "no papel, parece ótimo".

Doutor em planejamento energético pela USP, Baitelo diz, porém, que será preciso "muito rigor" na verificação do impacto dessas obras na fauna e na flora locais.

"Tem que ser o mais exigente possível, porque seria uma catástrofe um problema com a fauna, com a vida marinha, mesmo se a energia for renovável", afirmou.

"Seria uma publicidade negativa para as fontes que a gente espera que predominem no Brasil, em oposição ao pré-sal."

O Eterno Problema do Saneamento Básico no Brasil

Tratamento do esgoto, problema sério de saúde pública

17/8/2012 13:38,

Situação preocupante. É assim que devemos receber a divulgação da última edição do levantamento do Instituto Trata Brasil, nesta 5ª feira (16.8). O estudo mostrou que 63,72% do volume de esgoto gerado nas 100 maiores cidades do país, no ano de 2010, não passou por tratamento adequado. Já em relação à água, a situação é diferente: em 2010, 90,94% da população das maiores cidades do país tiveram acesso à água tratada.

Apesar da melhora que houve de 2003 para cá, depois da criação do Ministério das Cidades – uma iniciativa do primeiro governo do ex-presidente Lula –, ainda estamos muito longe de podermos cantar vitória nessa área. Os dados são eloquentes. A questão do saneamento continua sendo um grave problema de saúde publica. São coisas intrinsecamente: a cada R$ 1 real investido em saneamento, economiza-se R$ 4 em tratamento de saúde.

O governo federal tem colocado financiamentos à disposição dos estados e municípios. Mas, na maioria dos casos, uns e outros são incapazes de apresentar projetos e tomar empréstimos, seja por excesso de endividamento, insolvência e ou inadimplência das empresas públicas estaduais ou municipais. Cria-se um círculo vicioso que atrasa a universalização desses serviços.

A outra saída, a concessão à iniciativa privada da exploração do serviço de coleta e tratamento de esgotos, esbarra nos riscos e nas tarifas e no temor de uma privatização da água. São serviços que, como a educação e a saúde, devem ser públicos e universais. Até porque são pagos, e bem pagos.

Resíduos nem são coletados; maior parte coletada não é tratada

O relatório divulgado pelo Trata Brasil aponta que 40% da população das maiores cidades do país não têm acesso à coleta de resíduos. São 31 milhões de pessoas sem coleta de esgoto. Uma parcela expressiva de brasileiros (13 milhões de pessoas) sequer têm banheiro em casa.

Quando falamos em termos de população do país como um todo, a situação é a seguinte: o atendimento em coleta de esgotos atinge 46,2% dos brasileiros. Mas, do esgoto gerado, apenas 37,9% recebe algum tipo de tratamento. Por causa dessa discrepância, o total de resíduos despejados nos rios e mares, por dia, chegou, segundo a entidade, a cerca de 8 bilhões de litros O equivalente ao volume de 3,2 mil piscinas olímpicas.

No ranking de saneamento básico levantado pela entidade, a 2ª cidade mais rica do país, o Rio de Janeiro, fica na 37ª posição, com um índice de coleta de esgoto de 70,12% da população. A capital fluminense ficou atrás de outras capitais como Brasília (11ª), Curitiba (12ª), São Paulo (18ª) e Salvador (32ª).

A pesquisa apontou ainda que, em média, os 100 maiores municípios investiram em 2010 apenas 28% de sua receita em saneamento básico. A maioria deles, 60% do total, não investiu nem 20% de sua receita para ampliar a coleta de resíduos.

Na água tratada, situação é melhor

O levantamento do Instituto Trata Brasil mostra um cenário diferente em relação à oferta de água tratada. Em 2010, 90,94% da população das maiores cidades do país tiveram acesso à água tratada, um total de 70 milhões de pessoas. O índice foi superior à média nacional, medida pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, do Ministério das Cidades, que foi de 81,1% (inclui áreas urbanas e rurais).

Na grande maioria das cidades pesquisadas, 89%, 80% ou mais da população é atendida com água tratada, tendo 20% delas oferta completa. No Rio, 91,16% da população tem acesso à água tratada. Em Niterói, chega a 100%.


fonte:http://correiodobrasil.com.br/

Estou compartilhando matéria do Globo Ecologia onde podemos entender
um pouco mais sobre este assunto.