A Estréia da Petroquímica na onda verde




Produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar, o polímero verde usa tecnologias e competências brasileiras, preparando a estreia da petroquímica nas novas regras do jogo da economia de baixo carbono.


O novo relatório do WWI-Worldwatch Institute cita que cidadãos de países desenvolvidos - grandes consumidores de produtos derivados da petroquímica, presente em praticamente tudo que usamos como os plásticos das escovas de dentes, garrafas, tubos, sacolas, cosméticos, eletrodomésticos, embalagens, carros e aviões - chegam a emitir 24 toneladas de carbono per capita e terão que inverter a curva de crescimento de emissões até 2020, acelerando o decréscimo.

A média global de 7 toneladas de emissões per capita, precisará ser reduzida para 2 toneladas.

A Braskem-empresa brasileira da área petroquímica quee está entre as três maiores indústrias brasileiras de capital privado - anunciou a produção do primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar certificado mundialmente, utilizando tecnologia competitiva desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, atestando que o produto contém 100% de matéria-prima renovável.

Mesmo não sendo ainda biodegradável, porque ao substituir a nafta fóssil pelo etanol renovável o polímero resultante é idêntico ao de origem petroquímica, dá um passo adiante sintonizado com as recomendações de diminuição nas emissões.


O início da produção do polietileno verde em escala industrial está previsto para o final de 2009. A nova unidade deverá ter tecnologia moderna e escala competitiva, podendo atingir capacidade de produção de até 200 mil toneladas por ano.

A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os principais mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal.

Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram um enorme potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros verdes. Como essas resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse importante desenvolvimento sem a necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos

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