Sabonete das quebradeiras de coco é item de consumo consciente

Foto: Central do Cerrado
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Um sabonete produzido com óleo natural extraído do coco babaçu está fazendo sucesso entre os clientes que querem consumir produtos naturais de qualidade e que ainda ajudam a manter as comunidades tradicionais nas regiões de Cerrado e transições para a Amazônia. Fabricado artesanalmente pela Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Lago do Junco e Lago dos Rodrigues (AMTR), no interior do Maranhão, o sabonete Babaçu Livre tem sua matéria-prima extraída de uma palmeira que se tornou símbolo da luta pelo direito dos extrativistas à coleta do coco babaçu.

Comercializado pelas associações comunitárias que apóiam a luta das quebradeiras de coco, o sabonete começa a chegar a grandes centros consumidores do Brasil por meio de iniciativas como a Central do Cerrado (www.centraldocerrado.com.br), uma entidade sem fins lucrativos que comercializa produtos das comunidades tradicionais do interior do Brasil. O sabonete é um dos resultados do trabalho da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema).

Para obter o óleo da castanha para fabricar o sabonete, o babaçu é coletado e beneficiado pelas quebradeiras de coco, que muitas vezes enfrentam a hostilidade dos fazendeiros para ter acesso às áreas particulares onde crescem as palmeiras. Bravas, elas não desistem. Já conseguiram até aprovar leis municipais que garantem o acesso às terras (Lei do Babaçu Livre). São cerca de 300 mil mulheres que brigam pelo livre acesso aos babaçuais maranhenses do médio Mearim.

As quebradeiras caminham quilômetros todos os dias pelo mato em busca dos cocos. Recolhem em fardos de até trinta quilos e os carregam às costas até um local onde todas se reúnem e, cantando, quebram os cocos para obter as castanhas, produzir o óleo e depois fabricam os sabonetes. De quebra, ajudam a preservar as palmeiras e ainda levam ao mercado de consumidores conscientes uma mensagem pela preservação das espécies nativas do Maranhão.

Outras informações pelo site www.centraldocerrado.org.br.


Fonte: Central do Cerrado e RTS

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