A Pedalada que gera energia e ainda garante uma refeição


Um hotel dinamarquês lançou um esquema pioneiro de geração de eletricidade com pedaladas e espera que a idéia ganhe adesão em outros países.

O Crowne Plaza Copenhagen Towers, à 15 minutos de distância do centro da capital dinamarquesa e à cinco minutos do principal aeroporto da Escandinávia, instalou duas bicicletas ergométricas acopladas a geradores.

Os hóspedes serão convidados a exercitar-se nas bicicletas, e, se gerarem eletricidade suficiente, ganharão uma refeição gratuita.

A partir de junho, os hóspedes poderão correr contra o sistema de painéis solares do hotel, que tem 366 apartamentos, em uma tentativa de gerar mais eletricidade que os painéis.

A proposta da rede é que quem conseguir gerar 10 ou mais watts-hora de eletricidade para o hotel (somente hóspedes)receberá uma refeição de cortesia.

Segundo relato à agência Reuters, o valor a ser considerado da refeição é referente a qualquer um dos pratos principais do restaurante do hotel ou do cardápio do bar no saguão que é de aproximadamente 240 coroas dinamarquesas (US$ 44).

As bicicletas ergométricas vão começar a funcionar primeiramente por um ano em caráter de teste, com vistas a uma adesão para outros hotéis da rede Crowne Plaza, que integra o grupo InterContinental Hotels.

A medição será através de iPhones anexados ao guidão das bicicletas que mostrarão a geração de energia enquanto o hospede pedala. Executivos do hotel esperam que a oferta diminua as emissões de carbono do hotel, incentive à prática do exercício consciente além, é claro, de poupar eletricidade e dinheiro.

A quantidade de energia gerada pelas bicicletas pode ser pouca, mas a idéia é ótima. Imagine esse sistema presente em academias, centros esportivos e de ensino, a quantidade de energia limpa gerada poderia ser muito maior.

Fonte: ambientebrasil.com e pensandoverde.blogtv.uol.com.br


    Para refletir: Brasil - oitava economia do planeta e o 75 país em desenvolvimento humano

    Hoje a Folha de São Paulo publicou um artigo do Clovis Rossi muito instigante nos colocando à uma reflexão sobre os paradigmas do comportamento da sociedade brasileira.

    O Brasil real e o Afeganistão

    Informa a ONU: "Os indicadores do Brasil em saneamento básico são, na área urbana, inferiores aos de países como Jamaica, República Dominicana e Territórios Palestinos ocupados". Sim, é isso que você leu: pior do que na Palestina ocupada.
    Acrescenta a ONU: "O Brasil rural amarga índices africanos. O acesso a saneamento básico adequado é inferior ao registrado entre camponeses de nações imersas em conflitos internos, como Sudão e Afeganistão". Sim, Afeganistão. É esse o Brasil que vai às urnas dentro de seis meses. O Brasil real, que não aparece nem no discurso do governismo nem apareceu no de José Serra, principal candidato oposicionista.
    Serra fala, aliás, em avanços. Houve, como é óbvio. Mas não cabe um conformismo medíocre, mesmo em áreas como a redução da pobreza (que também houve). Vejamos a propósito o que diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em entrevista para a revista do Ipea:
    "A classe A e B são pessoas que ganham mais de R$ 4.000, e R$ 4.000 não é propriamente uma renda extraordinária. Agora imagine que os outros todos ganham menos de R$ 4.000. Então, a maioria está lá na classe C, D e E. São mais de 50% a 60% da população. É pouco importante saber se é 60% ou 70%, porque é um número tão grande..." Pulemos para educação e desigualdade. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios trabalhados pela Unicamp mostram que, no nível médio de ensino, estão na escola 75% dos jovens que pertencem ao grupo dos 20% mais ricos, contra apenas 25% dos garotos do andar de baixo.
    É pedir demais que a campanha eleitoral se concentre em como reduzir (de preferência eliminar) a aberração que é o Brasil ser a oitava economia do planeta e o 75º país em desenvolvimento humano?

    fonte: Folha de São Paulo - Opinião, 11 de abril de 2010. Matéria escrita por Clovis Rossi.