Um novo olhar para os catadores


foto:radamesm.files.wordpress.com
Organizações representantes de catadores de material reciclável formalizaram com o governo federal diversos convênios na Expocatores 2009, promovida pelo Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.
No momento da assinatura das parcerias, estavam presentes o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ministros, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, entre outras autoridades.
Os documentos assinados foram os seguintes: protocolo para implantar o Plano Nacional de Coleta Seletiva, com a Eletrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Itaipu Binacional; projeto de fortalecimento das cooperativas, com a Fundação Banco do Brasil – no valor de R$ 16,5 milhões, verba da Secretaria de Economia Solidária e do Ministério do Trabalho; contratos de concessão de colaboração financeira não reembonsável, para aumentar a capacidade produtiva de quatro cooperativas, assinado com o BNDES; Termo de Cooperação Mútua entre a Fundação Nacional de Saúde, o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e cooperativas; acordo de Cooperação para implementação do Programa Cata Ação (com Coca-Cola, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e Avina).
Lula informou que nos próximos anos mais de R$225 milhões serão liberados pelo governo federal para ajudar a financiar a atividade dos catadores. E fez um apelo aos prefeitos para que busquem beneficiar os catadores na atividade da reciclagem e não as grandes empresas. “As pessoas que até agora trabalharam na reciclagem podem ser jogadas para fora, para atender aos interesses de um grande empresário (...). Quero pedir a todos os prefeitos deste País para que levem em conta: é muito melhor para a cidade, para o Brasil e para a cidadania termos muitos ganhando pouco do que ter apenas um ganhando muito."
O prefeito Gilberto Kassab anunciou o compromisso de reativar a cooperativa Granja Julieta, em Santo Amaro, desativada após um incêndio, em dezembro do ano passado. “Estarei lá pessoalmente para a reabertura da Granja Julieta”, disse o prefeito.
“Nós mostramos para o prefeito [Kassab] e o presidente [da República] que nós queremos sair da rua, queremos continuar catando com dignidade e tecnologia”, afirmou Roberto Machado, integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.
No evento, a Itaipu Binacional transferiu aos catadores a patente do triciclo elétrico para transportar material reciclável. Falta agora uma linha de financiamento para produzir e distribuir aos catadores o equipamento, que custa cerca de R$ 1.300 a unidade. Conforme afirmou o presidente Lula, o BNDES deverá fazer o financiamento.

fonte: nossasãopaulo.org.br

Segundo estudo apresentado em audiência pública, São Paulo está 2 graus mais quente




Em audiência pública especial sobre o projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) realizada na Câmara Municipal de São Paulo, o professor da USP Augusto José Pereira Filho apresentou um estudo revelador sobre o que ocorreu com o clima da região entre 1936 e 2005. No período, segundo a pesquisa, a temperatura média no mês de julho subiu de 16 para 18 graus.
O estudo revela ainda que nos 69 anos pesquisados o ar se tornou mais seco, diminuiu a garoa, aumentou as tempestades e, óbvio, também a poluição. “O clima de São Paulo mudou e o efeito aqui é muito maior do que o efeito global”, informou Pereira Filho.
Ele explicou que as fortes chuvas na cidade são provocadas pela mistura entre o ar quente e seco da metrópole e os ventos frios e úmidos vindos do mar. “As tempestades de São Paulo ganharam a dimensão de uma tempestade da Amazônia”, comparou.
Entre as razões apontadas pelo professor para explicar as alterações climáticas na cidade estão a redução da vegetação, o crescimento desordenado da cidade e a poluição. “O ambiente está dizendo que tem algo errado e todos nós somos culpados por esta situação.”
Representantes de diversas entidades da sociedade civil que participaram da audiência destacaram o importante papel que os especialistas da área acadêmica poderiam desempenhar na elaboração de leis para cidade, especialmente em relação ao Plano Diretor*.
Na avaliação do vereador José Police Neto (PSDB), relator do projeto de revisão do PDE, o município tem um problema crônico que é a falta de um plano de desenvolvimento. “Falta uma orientação sobre a cidade que queremos daqui a 100 anos.”


*Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município.
Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.
Por exigência constitucional, municípios com mais de 20.000 habitantes possuem Plano Diretor objetivando uma melhor qualidade de vida à população como um todo. Ele é constituído pelo Prefeito, população e pela Câmara Municipal.
fonte:http://www.ufv.br/pdv/que.html


FONTE: www.nossasaopaulo.org.br

Universidade de Copenhague lança prédio que tem emissão zero de gás carbonico(CO2) na atmosfera

">

A 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15) têm causado diversas consequências em todo o mundo, mesmo antes de ser realizada. Exemplo disso foi a inauguração do primeiro edifício carbono neutro da Dinamarca, no dia 20 de outubro. O prédio, que está localizado na Universidade de Copenhague e será um espaço de serviços para os estudantes, foi construído em virtude do evento e não emite nenhum CO2 na atmosfera.

Segundo os organizadores da iniciativa, o objetivo da construção foi contribuir com a redução dos gases causadores do efeito estufa, além de estimular o debate sobre como vencer os desafios climáticos e conscientizar os cidadãos sobre o problema e suas soluções.

O prédio foi construído em menos de um ano em uma parceira entre as Universidades de Copenhague e da Dinamarca, as empresas Velux e Velfac e a prefeitura de Copenhague. A planta e o planejamento arquitetônico foram feitos pela Hellerup Byg, Christensen & Co. Arkitekter e COWI.



Alta eficiência, pouca tecnologia

Apesar da tendência mundial de utilizar tecnologias de ponta como aliadas no combate ao desperdício de energia, o Green Lighthouse deve 75% de sua eficiência energética apenas aos aspectos arquitetônicos da obra. Essa vertente da arquitetura preza por soluções simples, baratas e eficientes, como uso de iluminação natural e sistemas de resfriamento e aquecimento inteligentes.

A ventilação do interior do prédio começa pelas portas de entrada e segue até as saídas no teto da construção, criando um canal de vento capaz de resfriar todo o ambiente. Essas mesmas saídas servem como entradas de luz que, auxiliadas pelas dezenas de janelas espalhadas por toda a lateral, inibem o uso de energia elétrica durante o dia. À noite, a iluminação é fornecida por lâmpadas LED de alta eficiência.

Essas lâmpadas, assim como os equipamentos eletrônicos utilizados dentro do prédio, são abastecidas com eletricidade proveniente de um conjunto de painéis solares instalados no telhado inclinado. Além disso, as janelas e portas possuem sensores que recuam suas aberturas automaticamente para minimizar os efeitos do sol e reduzir o calor no edifício. Uma bomba de calor geotérmica ajuda a aquecer e resfriar o prédio sem agredir o meio ambiente.



Em entrevista ao site Inhabitat, o arquiteto responsável pelo projeto, Michael Christensen, afirmou que está orgulhoso do feito. “O fato de reduzirmos 75% do consumo apenas com o desenho arquitetônico mostra que a sustentabilidade não é uma questão de encher o prédio com equipamentos caros e high tech, mas de se basear no bom e velho senso comum”, opina.

O espaço será destinado aos alunos das universidades, que poderão usufruir de um centro de aconselhamento de carreira, lounge e áreas de estudo, escritórios de administração e um clube para alojamento de cientistas.

fonte: ecodesenvolvimento

Estimativas sobre o efeito estufa são divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente


Segundo dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, a indústria foi o setor que mais contribuiu com as estimativas de emissão de gases de efeito estufa entre 1994 e 2007. A indústria foi responsável por 56% das emissões totais. Entre as atividades industriais que mais poluíram o ambiente estão a indústria de produtos minerais, com 59%, seguida da química, com 55%, e a metalurgia, com 40% das emissões.

Outro setor que contribuiu muito para o aumento da estimativa de emissão de gases de efeito estufa foi o de energia, responsável por 54%. Dentro desse setor, a área de energia ampla foi o que mais eliminou gases de efeito estufa, 85%;seguido do setor industrial com 57% e em terceiro o setor de transportes com 54%.

O setor de tratamento de resíduos (32%) também teve suas emissões de gases analisadas, sendo que o esgoto indústrial, com 37% das emissões, foi o maior responsável pela emissão de gases. Em seguida ficou o setor resíduos sólidos com 34% das emissões e por último o esgoto doméstico, com 23% das emissões.

A agropecuária foi o setor que teve a menor estimativa de emissão de gases de efeito estufa com total de 30% das emissões. Dentro desse setor, a queima de resíduos agrícolas foi a grande vilã, com 59% das emissões. Já o setor de cultivo de arroz teve queda de 37% nas emissões.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o governo se esforçará para alcançar a meta de redução de 40% das emissões de gases de efeito estufa até 2020. No setor de agropecuária, estão previstas ações como a combinação de plantio com pecuária num mesmo espaço, a recuperação de áreas degradadas e o plantio direto.

“Com essas três medidas combinadas – lavoura, pecuária, recuperação de área degradada e plantio direto – nós reduziremos 7% das emissões globais do Brasil até 2020”, afirmou o ministro.

Também estão previstas a redução do desmatamento na Amazônia em 80%, a redução do desmatamento de outros biomas, como o cerrado e a caatinga, o maior uso de biocombustíveis no transporte e a siderurgia verde, que implica, para as indústrias, o plantio de toda a madeira que irão utilizar, sem necessidade de derrubada de árvores nativas, por exemplo.



fonte: agência brasil

Pesquisa aponta novos dados da Coleta dos Resíduos Sólidos no Brasil


A partir dos dados do SNIS
( Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), o Ministério das Cidades divulgou novos números referente a sexta edição do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil, referente ao ano de 2007.


Foi divulgado em uma amostra de 306 municípios analisados que a coleta seletiva foi observada em 56,9% e que o trabalho dos catadores de resíduos sólidos está presente em 83% dos municípios da amostra e em mais da metade dos casos, os catadores são organizados em cooperativas e associações.

Os municípios estudados na amostra compreendia cidades e capitais com mais de 500 mil habitantes.
A quantidade média de material reciclável recuperado é de 3,1 Kg por habitante/ano, menos de 1,5% do que seria possível reaproveitar.

Papel e papelão representam a maior parte do material recuperado(50,7%). Em seguida, aparecem plásticos (26,4%), metais (12,1%) e vidros (6,4%).

fonte: ecodesenvolvimento.org.br

Troféu do GP Brasil de Fórmula 1 foi produzido com plástico reciclável



































O Troféu que Mark Webber ( australiano da RBR) recebeu no GP Brasil foi produzido durante a prova, a partir de plásticos reciclados que foram coletados durante os dias de treino e da prova.
A coleta dos resíduos ficou por conta da Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro, a Coopercaps e contou com o apoio do Instituto Socioambiental do Plástico, a Plativida.
Para a produção do troféu foi instalada uma mini usina no autodrómo.

Essa operação envolveu várias empresas nas seguintes etapas: coleta seletiva e triagem executada pela Cooperativa; e moagem, secagem, extrusão e usinagem do troféu. O processo para a produção da resina reciclada foi sob o comando da Fortymil, a usinagem do troféu foi sob responsabilidade da Romi e a equipe técnica da Braskem coordenou todo o processo para a produção do troféu. A Coopercaps também cuidou do excedente coletado, para promoção do seu reuso para outras finalidades.

A participação da Braskem na F1 surgiu com a W/, que ano passado teve a idéia de usar o Polietileno Verde no GP Brasil com a produção do troféu de plástico 100% renovável. E neste ano inovou ao sugerir a produção in loco do troféu de plástico reciclado.

O troféu deste ano foi uma reedição do desenho desenvolvido em 2008 pelo mestre brasileiro da arquitetura, Oscar Niemeyer, por sua beleza e originalidade. O design foi inspirado nas colunas do Palácio da Alvorada e, segundo seu criador, seguiu o mesmo caminho de elaboração de uma obra de arte, concebida para despertar emoção, surpresa e, desta vez, com a vantagem da reciclagem.

Segundo dados da Plastivida, atualmente o Brasil recicla 21% do plástico que produz, enquanto a média da União Européia é de 18,3% e da Alemanha, recordista mundial de reciclagem mecânica, é de 31%.

fonte:http://www.redenoticia.com.br e http://noticias.ambientebrasil.com.br